domingo, 22 de julho de 2012

Não dá para esquecer

Um dia destes passei por um banco. Um banco como outro qualquer, onde qualquer um se senta e descansa. Mas para mim não é um banco qualquer. Foi nesse banco que me sentei pela última vez com uma 'amiga' ao meu lado. Foi a última vez que a beijei.
Depois disso raras vezes a vi e o sentimento que havia, acabou por desaparecer. No entanto sempre que olho para esse banco lembro-me disso. Lembro-me dela. Uma pessoa que agora nem parte da minha vida faz.

Porquê? Porque é que me lembro destes pequenos detalhes amorosos a que ninguém dá interesse? Porque é que me lembro de todas as datas significantes, por mais pequeno que fosse o motivo da sua significância?!

Pergunto-me várias vezes porque raio não consigo aplicar esta fantástica memória aos estudos. Já teria acabado o curso provavelmente. Em vez de guardar na minha memória o banco em que pela primeira vez apalpei os seios de uma rapariga, poderia guardar matéria suficiente para fazer três ou quatro cadeiras.

O pior nem é isso. O pior é quando ainda há aquela saudade. Aquele sentimento por aquela pessoa especial. E, como que por masoquismo inconsciente, olho para um sítio qualquer que me faz recordar essa dita pessoa. As vezes basta uma paisagem, um olhar, até um cheiro e um turbilhão de memórias vêm ao de cima.
São momentos destes que me ajudaram muita vez a perceber o que ainda sentia. Se senti-se uma dor enorme, provavelmente ainda gostava dela. Se sentisse um alivio, uma paz interior, já tinha seguido em frente.. Ou talvez estaria simplesmente embriagado e nem liguei muito.

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