quarta-feira, 13 de março de 2013

Cumplicidade

Respira que eu respiro contigo. Dá um passo que eu acompanho com os meus pés. Olhas para o vazio, mas eu vejo o mesmo que tu. Pensas no inimaginável, mas eu faço-te corar e rir ao perceberes que os nossos pensamentos se cruzaram.
Sintonia com harmonia que nos segura mutuamente em situações deprimentes. Uma cumplicidade que faz saudade, mas que ao mesmo tempo criou uma barreira intransponível. E quê? Para que servem os sonhos senão para ver, sentir, cheirar, tocar, saborear!.. o impossível que a actualidade nos impõe.
Os teus lábios vermelhos carnudos inundam a minha fértil mente de pensamentos ditos imundos, mas que me fazem voar mais alto que qualquer droga.
À primeira vista, assemelham-se a duas galáxias repletas de estrelas mais brilhantes que o sol. Ao voltar à terra, não deixam de brilhar à mesma aquela cor clarinha característica dos teus olhos.
As mãos mais suaves que alguma vez sentira, também te pertencem. Compará-las com a seda mais cara seria um elogio, para o tecido. Um simples toque na minha face é arrepio instantâneo e completo dos pés à cabeça. Tanto em mim como em ti.
Cada parte de um todo que se junta num conjunto que já me arrisquei a classificar de Perfeito. O errar é humano e eu comprovei-o. Comparar-te a algo perfeito foi incorrecto. Talvez num futuro distante a definição de perfeição consiga chegar aos teus calcanhares.

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