domingo, 13 de julho de 2014

Luta

O mais leve toque da tua pele na minha invoca sensações deslumbrantes a um nível psicológico e hormonal que me bloqueiam o pensamento e me deixam estático. Estagnado e sem reacção. Logo eu que odeio ficar sem saber o que dizer ou fazer. Momentos em que reaprendo a abrir a boca e respirar, por me faltar o ar. Ar esse que transporta um suave sabor oriundo dos teus lábios devido à tua própria respiração. Tão desejado e querido sabor, apenas ultrapassado pelo facto de ser apenas imaginado.
Desde sempre ensinado de que não podemos ter tudo o que queremos. Aceito e compreendo. Tento ainda mais acreditar no karma, embora seja algo muito complicado. Tantos com tanta coisa e alguns, que pouco pedem, nem isso conseguem obter.
Posso não merecer, não ter direito, nem possibilidades de obter esse tão precioso bem que és tu. Não deixo à mesma de lutar por uma mínima hipótese de entrar no teu raio de visão e ficar lá por uns segundos. Já me queimei antes por motivos iguais, mas a dor das feridas não me faz recuar. Pelo contrário, faz-me querer ainda mais esse tão cativante sorriso quotidianamente, numa tentativa de esquecer essas mesmas queimaduras e por fim tentar sentir algum conforto.

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